A quimera

A quimera
Minha última quimera!

sábado, 10 de agosto de 2013

soluçar

Pare de soluçar coração,
assim não há pulmão que aguente equilibrar ar...
pare de soluçar, dê-me solução,
ar para meus pulmões...

um soluço é quase um
impulso,
de impulsos vivem os pulsos de quem ama até o entardecer,
tem aqueles que teimam em amanhecer, mas ai, é outra história,
os soluços sempre veem quando a noite cai...
como raios no coração...
soluçar não doí, respirar sim...

Virar o disco!

O ponteiro do relógio de enfeite quebra a harmonia do quarto florido de uma dama que ouve as suplicas de uma bela voz feminina em seu vinil,
som baixinho, quase um sussurro...
quase confissão... dela para a voz do disco... ou da voz do disco para ela,
duas confidentes, quase adolescentes, ao menos no tom...
e de tom em tom, a dor de uma se torna duas a dor das duas que é só uma...
tic tac, é hora de virar o disco...

parou meu caminho...

... ia indo e caiu uma árvore no caminho...
parou, e pensou:
seria melhor remover a árvore?
seria melhor desviar para outro caminho?
voltar?
ou sentar-se na árvore?
ou não sabe! é, não sabe... mesmo, não sabe nem para onde estava indo,
só sabe que alguém te parou...
e agora?!

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