A quimera

A quimera
Minha última quimera!

terça-feira, 1 de maio de 2012

A insustentável leveza do ser – Milan Kundera


“Desta vez, porém, adormeceu ao lado dela. De manhã, ao acordar, constatou que Tereza, ainda a dormir, lhe agarrava na mão.
Teriam dormido toda a noite de mão dada? Custava-lhe a acreditar.
Com uma respiração muito funda, Tereza continuava a dormir, sempre agarrada à sua mão (com tanta força que não conseguia desprender-se). Ao lado da cama, a pesadíssima mala.
  Não se atrevia a tirar a mão com medo de acordá-la. Com mil cautelas, voltou-se de lado para poder observá-la melhor.
  Mais uma vez, pensou que Tereza era uma criança que alguém pusera numa cesta untada com pez e abandonara às águas do rio.

... Tomas ainda não sabia que as metáforas são uma coisa perigosa.  Com as metáforas não se brinca. O amor pode nascer de uma única metáfora.”

(A insustentável leveza do ser – Milan Kundera)

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