“Desta vez, porém, adormeceu ao lado dela. De manhã, ao acordar,
constatou que Tereza, ainda a dormir, lhe agarrava na mão.
Teriam dormido toda a noite de mão dada? Custava-lhe a acreditar.
Com uma respiração muito funda, Tereza continuava a dormir, sempre
agarrada à sua mão (com tanta força que não conseguia desprender-se). Ao lado da cama, a
pesadíssima mala.
Não se atrevia a tirar a mão
com medo de acordá-la. Com mil cautelas, voltou-se de lado para poder
observá-la melhor.
Mais uma vez, pensou que
Tereza era uma criança que alguém pusera numa cesta untada com pez e abandonara
às águas do rio.
... Tomas ainda não sabia que as metáforas são uma coisa perigosa. Com as metáforas não se brinca. O amor pode
nascer de uma única metáfora.”
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