Murmuravam pelas frias ruas que essa tal
pós-modernidade as vezes nos impõe desafios e facilidades desconcertantes.
Para meu contentamento e perdição, um certo
dia, os astros orientaram-se por GPS,
Se alinharam tão direitinho que pude ver e
ouvir a estrela mor de uma constelação
tocar violão.
Distância e sensação de presença se
emaranhavam o tempo todo,
E tão necessário e prazeroso era fazer
contato com aquela estrela do amanhecer ao anoitecer.
E assim, até virada de calendário foi tudo
acompanhado de pertinho, mesmo que a distancia.
Até que um dia, a estrela veio repousar no
meu quintal. Não era o bairro das Laranjeiras, mas satisfeita sorri, quando
aquele corpo celeste pousou ali... tomou um drink lunar, tocou um rock e os
meus cabelos, me virou ao avesso... e
achamos cavalos marinhos, poemas sem vinho, e peles em brasa, “Poeira de
estrelas, de sexo, ilusão”.
E com a mesma sinergia, disparou de volta
para a sua constelação... e eu... contam que todas as noites abro as janelas
para conversar com estrelas, muitos me chamam de louca e me perguntam:
- “Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos ‘respondo’: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos ‘respondo’: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
O que irá suceder por diante? Só os astros
saberão!!!
Os: trecho da XIII estrofe do poema a via
láctea do poeta Olavo Bilac.
Meu quintal, 04 de
janeiro de 2017.
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