A quimera

A quimera
Minha última quimera!

segunda-feira, 10 de julho de 2017

"What Sarah said?"


Há desejos guardados por anos, e a espera que algo que se realize.
Por anos a observar uma linda criatura a se enveredar por estradas de pedras, tão antigas quantos seus sonhos. Fantasias, poemas mentais, canções, imagens...formavam uma atmosfera perfeita.
Sem nunca recusar um convite, eis que estava lá, pronta para olhar nos olhos da imensidão daquela bela criatura de cabelos negros, de andar icônico, e de todo um mistério desejoso. Outro convite, outro banquinho, outra noite, um pedido, um beijo, outro pedido, um laço. E uma imensa Vontade de rodopiar ao som de Reckless Serenade, de tomar sorvete na praça, ver a natureza, andar e andar de mãos dadas, de ouvir as mais belas canções.
Sem as pieguices juvenis, tecia ali a mais pura e verdadeira história que ela poderia compartilhar com alguém, ainda mais se tratando de quem era, de onde era. Seu coração se enchia de felicidade e seus dias se tornaram mais claros, tudo fazia sentido, apesar da dificuldade que ela tinha de transparecer com palavras, era novo e maravilhoso... No entanto, por amor ou por sua própria proteção ou instinto, quis desde o começo “anular” qualquer história, principalmente ruim que viesse antes deste encontro. Então ela começou a conhecer a mais bela criatura de perto, dos sentimentos mais tenros e puros. Infelizmente ela não tinha o poder de anular todas as histórias, ouve uma quebra tão forte, que os seus dias se tornaram todos noites... e a  “Piledriver Waltz” a assustava monstruosamente “I heard an unhappy ending It sort of sounds like you leaving... You look like you've been for breakfast at the heartbreak hotel…”
Mais um convite, providência do acaso? Noite, conversas um pouco elucidadas, e a possibilidade de consolidar o que parecia não ser possível. Um beijo, uma entrega, uma tentativa... vieram outras noites, nuvens negras (as mesmas que a assombravam antes), mas ela segurou firme, e as mãos daquela bela criatura  ela não queria soltar, ela tentava suportar todas as nuvens negras, sempre com sorrisos reais, um peito cheio de calor e amor, mas o novo e confuso assusta, mas existia muito, muito mais beleza do que qualquer outra coisa.
Ela conheceu em tão pouco tempo tanta coisa bonita, experimentou se doar, se permitir, e sua caminhada a cada dia era mais feliz, cada madrugada se tornava imensuravelmente poética, cada canção a tocava profundamente, principalmente as cantadas ao seu ouvido, e ela aprendeu a orar, estava aprendendo a amar. Ela cantava em oração “Stand by me”.

Mas somos feitos de substancias findas, fraquejamos, e as vezes a gente não consegue ajudar, pois estamos precisando danadamente de ajuda. Temos a sensação que as “nuvens negras” vão escurecendo tudo, e todos perdem. No entanto ela não quer cometer o mesmo erro que Love is a laser quest e acreditar que “...for a minute it gets easier to pretend that you were just some lover...” 

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