Me beijou, ainda sorrindo e com o lenço encostado no nariz.
Na hora de fechar o bar, fomos para onde eu morava. Tinha um pouco de cerveja
na geladeira e ficamos lá sentados, conversando. E só então percebi que estava
diante de uma criatura cheia de delicadeza e carinho. Que se traía sem se dar
conta. Ao mesmo tempo que se encolhia numa mistura de insensatez e incoerência.
Uma verdadeira preciosidade. Uma jóia, linda e espiritual. Talvez algum homem,
uma coisa qualquer, um dia a destruísse para sempre. Fiquei torcendo para que
não fosse eu.
— Crônica de um amor
louco (A mulher mais linda da cidade) - Charles Bukowski (via good—riddance)
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