A quimera

A quimera
Minha última quimera!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Mundo é Um Moinho - Cartola

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Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

domingo, 23 de dezembro de 2012


Aquilo que não é poesia, não tem dono, a época certa passa, e não tem mais época certa, e o sentido perde o sentido...

a melodia tem um trem incutido...


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UYwyzhSaymE



‎...é quando se ouve aquela melodia e se sabe que aquela época não volta mais... as batidas do violão vão tocar seu coração como pregos enferrujados, talvez seja a melhor definição para algo que não se viveu, e que a magia se perdeu...


sábado, 15 de dezembro de 2012

^^

Ela não sabia a voltagem da tomada do disco voador...


Dia do moço moço


E o moço, continua moço
tão moço, a idade pousa suave
mesmo no dia de ficar mais moço

como em toda mocidade,
os lábios são tão frescos,
os olhos brilham tanto

as mãos são tão firmes,
o cabelo tão macio,
a pele tão cheirosa

moço, que nas moças provoca arrepios
sabes que mais me provoca neste dia de teus anos?
no próximo dia de sua mocidade eu te conto...

Ao aniversário de Gilberto Souza

Ao sol lunar




Um sol nascido de sementes de girassol que insiste em ser lua
me vira ao avesso, muda minha orbita...
logo eu tão acostumada a ser lua, agora serei sol?
Lua de sementes de girassol, por que me giras assim?
qual feitiço lançaste sobre mim?
por que meu sono pesa menos, e menos...

ao som de uma voz feminina eu giro como um girassol
um girar de dança...
eu seria lua a dançar pro sol, mas não sou mais lua...

quem te semeou girassol lunar? Foi algum disco voador?
Por que veio brotar em meu jardim?
Por que não me deixa ser lua? Por que não me deixa dormir?

Lua gira o sol... dançando, rodopiando,
deixe meu disco pousar em seu quintal...

Girassol

A Rodrigo Selis

Encontro já brotado

Em um potinho girassóis.
Colho cravos,
tu come os sóis,

debaixo das lembranças
em cima de raízes já sonhadas
de um destino de uma brisa anunciada

riso tímido, formam dois,
ao despedir ficam sós
e o rastro de sementes de girassóis...

Que brote,
que cresça,
que floresça...

Dedico estes versos ao anjo torto de sorriso lindo Rodrigo Selis, da viúva Sarah dos Anjos.

domingo, 28 de outubro de 2012

:


‎... e ele disse: está tudo acabado entre nós, principalmente o amor platônico que nutríamos, não quero mais brincar de Ulisses e Lóri, de uma aprendizagem, quero o pulo para o livro dos prazeres, se Platão estava certo, azar o dele, não quero mais começar entre vírgulas, o que eu quero agora são os dois pontos...

domingo, 23 de setembro de 2012


          Nada tardia, nem a poesia. Licença!!!






... ao que tudo indica, é tempo de me reinventar,
mais uma vez.
e eu questiono se essa coisa que me transforma,
inquieta e faz jogar as certezas pelos ares,
algum dia vai dar descanso, 
porque mudar é inevitável, eu sei.
Mas além de cansar, dói que só...

Uma inocente falta de sensibilidade.


Foi quando você perguntou qual a minha flor predileta
e eu, empolgada, respondi sem pensar: "as onze horas do meu pai!", sem sequer perceber o tamanho da sua decepção...



"Essas insignificâncias que nos sobem às vezes do fundo do passado têm no entanto não sei que aura misteriosa: são como um par de sapatos velhos pintados por Van Gogh."


Charles Bukowski




‎"Quase amanhecendo,
pássaros pretos no fio de telefone
esperando,
enquanto eu como o sanduíche esquecido de ontem
às 6 da manhã, em uma tranquila manhã de domingo.

Um sapato no canto
de pé
o outro posicionado ao seu
lado.

Sim, algumas vidas foram feitas para ser
desperdiçadas."

Coisas Do Coração - Raul Seixas




Quando o navio finalmente alcançar a terra
E o mastro da nossa bandeira se enterrar no chão
Eu vou poder pegar em sua mão
Falar de coisas que eu não disse ainda não

Coisas do coração!
Coisas do coração!

Quando a gente se tornar rima perfeita
E assim virarmos de repente uma palavra só
Igual a um nó que nunca se desfaz
Famintos um do outro como canibais

Paixão e nada mais!
Paixão e nada mais!

Somos a resposta exata do que a gente perguntou
Entregues num abraço que sufoca o próprio amor
Cada um de nós é o resultado da união
De duas mãos coladas numa mesma oração!

Coisas do coração!
Coisas do coração!

sábado, 22 de setembro de 2012

A Hora Do Trem Passar - Raul Seixas



Você tão calada e eu com medo de falar
Já não sei se é hora de partir ou de chegar
Onde eu passo agora não consigo te encontrar
Ou você já esteve aqui ou nunca vai estar

Tudo já passou, o trem passou, o barco vai
Isso é tão estranho que eu nem sei como explicar

Diga, meu amor, pois eu preciso escolher
Apagar as luzes, ficar perto de você
Ou aproveitar a solidão do amanhecer
Prá ver tudo aquilo que eu tenho que saber 

True love...


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Charles Bukowski


"Peguei minha garrafa e fui pro meu quarto. Fiquei só de cueca e deitei na cama. Nada estava em sintonia, nunca. As pessoas vão se agarrando às cegas a tudo que existe : comunismo, comida natural, zen, surf, balé, hipnotismo, encontros grupais, orgias, ciclismo, ervas, catolicismo, halterofilismo, viagens, retiros, vegetarianismo, Índia, pintura, literatura, escultura, musicas, carros, mochila, ioga, cópula, jogo, bebida, andar por ai, iogurte congelado, Beethoven, Bach, Buda, Cristo, heroína, suco de cenoura, suicídio, roupas feitas à mão, voos a jato , Nova York, e aí tudo se evapora, se rompe em pedaços. As pessoas têm de achar o que fazer enquanto esperam a morte.
Acho legal ter uma escolha.
Eu tinha feito a minha escolha. Ergui a garrafa de vodca e dei um vasto gole. Alguma coisa aqueles russos sabiam."


sábado, 8 de setembro de 2012

[ARNALDO JABOR- Crônicas de amor]


Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.


domingo, 12 de agosto de 2012

MAS NÃO DEMORES TANTO - Lucila Nogueira




O corpo - dizem - já não será mais o mesmo
em seu reflexo exterior,
mas alguma coisa se diga das cavernas fosforescentes
que navegam a fome do demônio
na hora do seu resplendor


Olha o meu corpo antigo na curva do chafariz ou no leme do navio.
Eu sou um pássaro noturno perturbado.
Eu te ofereço os meus seios muito brancos
numa escada secreta do mar Cáspio.


Alguém falou de um modo descuidado
e as gárgulas de Notre Dame
contornaram os mamilos
como breves e clandestinos fogo-fátuos.


O corpo - dizem - já não será o mesmo,
desesperadamente eu te desejo
enquanto navego rochas subterrâneas
à beira da consciência humana
e o racha da atmosfera interfere na faixa luminosa
bem no centro da tela da televisão que se quebrou.


Porque naquele tempo
o amor era como um príncipe bêbado
e forçosamente hindu
ele era como a voz rouca de Dioniso
fazendo soar as teclas do piano austríaco
abandonado na passarela vermelha
de um carnaval de plumas na rua do Bom Jesus.


Saí pelo ancoradouro embriagada
arrastando candelabros escarlates
no rio de letreiros luminosos
enquanto a chuva batia no bico duro daqueles seios
ardendo sempre de tanto amor.
Todos eram demais e não sabiam
mas quando tu me pegaste forte eu me surpreendi tímida
e até hoje estou fugindo entre palmeiras
pelas estradas líquidas do vinho e do neon.

Digo que continua urgente a ilusão desse momento
acometido de inenarráveis confissões.
Utopia presa na cartilagem úmida,
quando tua boca recobrir o seio
seremos então as duas outras faces
de uma mesma única possessão,
como uma estória colada na outra
enquanto se lambe o lacre da carta escrita na infância
que uma água subitamente morna quase apagou.


Como dizer, sem te estranhar: recusa-me
que a dama nua ao telefone pode estar no transe
a que tanto aspiras sob o vermelho das lanternas
enquanto a chuva cobre os telhados à beira-mar.
Tudo agora se tornou tão urgente
que dói a espera imemorial das bonecas
sobre a madeira escura
imóveis mas não inertes
a aguardar seu número de magia
quebrando a banalidade dos noticiários da televisão.


A blusa de cetim verde tem um decote de princesa judia
assassinada nua em campo de concentração.
Esplêndido violinista, vamos enlouquecendo devagar.
A blusa de cetim verde deixa entrever a parte morta da carne branca
sob a luz do globo fosforescente
girando sobre os dançarinos
amanhã invisíveis do bar Royal.


Fecha os olhos e pensa no que quiseres
enquanto as mãos e as bocas cumprem roteiros de miragens desérticas,
enquanto eu toco novamente
o meu piano austríaco na calçada do cais
e o mar quase arrebenta as janelas dalinianas do Armazém XIV.


Porque o espírito há-de ser sempre o mesmo
eu desafio a tua preferência
e a blusa de cetim verde sem meu corpo dentro
tem ainda um oceano de lantejoulas
refletindo a vibração da pele
que por alguns momentos a habitou.
Dragão gigante
língua demoníaca
união clandestina
avesso encantamento
abismo vulcânico
onde a partitura se desfez em notas a cobrir a pauta
que guia o violoncelista ao Palácio de Cristal.


Fecha os olhos e beija-me de modo frágil
porque tudo se tornou mais urgente
desde o Museu Serralves e os desenhos rosa do mármore
revelam caminhos recifenses da pele emparedada
sonhando o êxtase da ressurreição.


O teu olhar tem o mesmo brilho de um atirador de facas
enquanto giro na roda sobre mim mesma
dramaticamente presa nas cordas
ao som de Tchaikovski na Abertura 1812.


O teu olhar é como um sino milenarmente gigante
rondando os patamares da Régua até a calçada de Copacabana
o teu olhar é como um barco viking pedindo enseada
desde os coqueiros do Recife até os verdes pinheiros galegos
que deram sombra ao romance dos meus bisavós.


Sei que hás de vir sob a neve enluarada
conduzindo lanterna no pescoço do cavalo branco
e me tomarás a galope em tua capa de veludo escuro
enquanto no circo abandonado a trapezista continuará dormindo
completamente nua
na jaula dos leões.


Sei que hás de vir ferozmente enfeitiçado
nesse rapto anunciado para cruzar as águas do Capibaribe ao Douro
e dançaremos à luz de um candelabro de sete braços
até o sol secar as sete saias
tiradas ao som de sete violinos
durante as sete noites da encantação.


Mas não demores tanto.
Que amar é a arte
de se fazer presente
e tudo aquilo que precisamos
é de poesia
loucura e ênfase
no ato heróico de reabrir as portas
da carne mansa que se equivocou.


Que o corpo - dizem - já não será o mesmo
e o que era assédio pode retemperar-se em fuga
e até nós – dizem – não seremos os mesmos
no estranho instante de raio laser
em que chegar sem aviso
o prazer da manhã.


Amaya, 2001

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Charles Bukowski



‎"É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer, se acontece algo de bom, bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa."

segunda-feira, 23 de julho de 2012


"Sei que em alguma noite, em algum quarto logo meus dedos abrirão caminho através dos cabelos limpos e macios, canções como as que nenhuma rádio toca, toda tristeza escarnecendo em correnteza."


Charles Bukowski


"...Me alegrava não estar apaixonado e não estar de bem com o mundo. Gostava de me sentir estranho a tudo. As pessoas apaixonadas, em geral, se tornam impacientes, perigosas. Perdem o senso de perspectiva. Perdem o senso de humor. Ficam nervosas, tornam-se chatas, psicóticas. Podem virar assassinas."

Charles Bukowski

Ao meu sol lunar



Um sol nascido de sementes de girassol que insiste em ser lua
me vira ao avesso, muda minha orbita...
logo eu tão acostumada a ser lua, agora serei sol?


Lua de sementes de girassol, por que me giras assim?
qual feitiço lançaste sobre mim?
por que meu sono pesa menos, e menos...


Ao som de uma voz feminina eu giro como um girassol
um girar de dança...
eu seria lua a dançar pro sol, mas não sou mais lua...


Quem te semeou girassol lunar? Foi algum disco voador?
Por que veio brotar em meu jardim? 
Por que não me deixa ser lua? Por que não me deixa dormir?


Lua gira o sol... dançando, rodopiando, 
deixe meu disco pousar em seu quintal...


Girassol

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quem me tirou a paz e o sono?
Faça o favor de vir dormir do meu lado, e é pra já!!!

Charles Bukowski


Me beijou, ainda sorrindo e com o lenço encostado no nariz. Na hora de fechar o bar, fomos para onde eu morava. Tinha um pouco de cerveja na geladeira e ficamos lá sentados, conversando. E só então percebi que estava diante de uma criatura cheia de delicadeza e carinho. Que se traía sem se dar conta. Ao mesmo tempo que se encolhia numa mistura de insensatez e incoerência. Uma verdadeira preciosidade. Uma jóia, linda e espiritual. Talvez algum homem, uma coisa qualquer, um dia a destruísse para sempre. Fiquei torcendo para que não fosse eu.



—  Crônica de um amor louco (A mulher mais linda da cidade) - Charles Bukowski (via good—riddance)

terça-feira, 3 de julho de 2012

If I Fell - The Beatles


Se Eu

Se eu me apaixonar por você
Você prometeria ser verdadeira
E me ajudar a entender?

Porque eu já me apaixonei antes
E eu descobri que o amor era mais
que só mãos dadas

Se eu der meu coração
pra você,
Eu tenho que ter certeza
Desde o inicio
De que você
me amaria mais que ela

Se eu confiar em você,
Oh, por favor
Não corra e se esconda
Se eu te amar também,
Oh, por favor
Não fira meu orgulho, como ela


Porque eu não aguentaria esta dor
E eu
ficaria triste se nosso novo amor
Fosse em vão

Então eu espero que você veja
Que eu
Amaria te amar
E que ela
Vai chorar
Quando aprender que nós somos dois

Porque eu não aguentaria esta dor
E eu
ficaria triste se nosso novo amor
Fosse em vão

Então eu espero que você veja
Que eu
Amaria te amar
E que ela
Vai chorar
Quando aprender que nós somos dois
Se eu me apaixonar por você

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Poema de sete faces - Carlos Drummond de Andrade


"Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo."



quinta-feira, 28 de junho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

She's Only Happy In The Sun - Ben Harper


Ela Só É Feliz No Sol

Eu sei que você talvez não queira me ver
Em seu caminho ao voltar das nuvens
Você me ouviria se eu te dissesse
Que meu coração está contigo agora?

Ela só é feliz no sol
Ela só é feliz no sol

Você achou o que procurava?
A dor e o sorriso
Te deixaram de joelhos
Mas, se o sol te libertasse, te libertasse
Você estaria realmente livre

Ela só é feliz sol
Ela só é feliz no sol

Toda vez que ouço você rindo
Eu ouço você rindo, isso me faz chorar
Como a história da sua vida, da sua vida
É "olá", "adeus"

Ela só é feliz no sol

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Como é ruim, não poder dizer que o que viu é belo, que aquela foto é de uma beleza poética, fazer comentários sobre seus discos, seus livros, dar parabéns por seu novo emprego, perguntar onde foi aquela foto bonita, dizer bom dia, boa noite, como vai você?!!

PS: preciso de mim...

terça-feira, 1 de maio de 2012

A insustentável leveza do ser – Milan Kundera


“Desta vez, porém, adormeceu ao lado dela. De manhã, ao acordar, constatou que Tereza, ainda a dormir, lhe agarrava na mão.
Teriam dormido toda a noite de mão dada? Custava-lhe a acreditar.
Com uma respiração muito funda, Tereza continuava a dormir, sempre agarrada à sua mão (com tanta força que não conseguia desprender-se). Ao lado da cama, a pesadíssima mala.
  Não se atrevia a tirar a mão com medo de acordá-la. Com mil cautelas, voltou-se de lado para poder observá-la melhor.
  Mais uma vez, pensou que Tereza era uma criança que alguém pusera numa cesta untada com pez e abandonara às águas do rio.

... Tomas ainda não sabia que as metáforas são uma coisa perigosa.  Com as metáforas não se brinca. O amor pode nascer de uma única metáfora.”

(A insustentável leveza do ser – Milan Kundera)

domingo, 22 de abril de 2012


Depois que ela me deixou, só guardei três gostos na boca: de vodca, de lágrima e de café.

— Caio Fernando Abreu.

sábado, 21 de abril de 2012


(...) "Por que no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia. "



Estou cada vez mais velha e louca.



“Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras – e por tudo isso, ando cada vez mais só.”




Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!


( Clarice Lispector )

Belchior

Estou tendo uma overdose de Belchior.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Charles Bukowski - Bluebird


"Há um pássaro azul em meu coração que deseja sair"


there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too tough for him,
I say, stay in there, I'm not going
to let anybody see
you.

there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I pour whiskey on him and inhale
cigarette smoke
and the whores and the bartenders
and the grocery clerks
never know that
he's
in there.


there's a bluebird in my heart that

wants to get out
but I'm too tough for him,
I say,
stay down, do you want to mess
me up?
you want to screw up the
works?
you want to blow my book sales in
Europe?

there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too clever, I only let him out
at night sometimes
when everybody's asleep.
I say, I know that you're there,
so don't be
sad.

then I put him back,
but he's singing a little
in there, I haven't quite let him
die
and we sleep together like
that
with our
secret pact
and it's nice enough to
make a man
weep, but I don't
weep, do

you?

domingo, 8 de abril de 2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

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